
Adolescência e Gestação Precoce: Análise Epidemiológica e de Infecções Sexualmente Transmissíveis na Serra Catarinense
AUTOR
Raissa Pinto Cardoso
CO-AUTORES
Thiago Pereira Goulart, Tânia Maria Sbeghen de Oliveira
CONTEÚDO
RESUMO
O presente estudo foi conduzido por meio de uma pesquisa de caráter exploratório, com uma abordagem quantitativa voltada para a coleta e análise de dados. Objetivo: Estudar o perfil epidemiológico pesquisado das gestantes adolescentes nos anos de 2019 e 2020 de um serviço de obstetrícia e sua relação com a atenção primária, para subsidiar o cuidado integral da saúde reprodutiva feminina, trabalhando em cima do planejamento de vida, contracepção, educação sexual e permanência em instituições educativas. Métodos: Os dados foram extraídos do banco de informações do prontuário eletrônico do Hospital Tereza Ramos (HTR), localizado na cidade de Lages, Santa Catarina, sendo selecionados 76 prontuários que atendiam aos critérios de inclusão estabelecidos: ser residente da cidade de Lages e ter idade entre 10 e 15 anos entre os anos de 2019 e 2020. Para a análise dos dados, recorreu-se à análise estatística univariada, permitindo a realização de inferências precisas em relação a cada aspecto isolado, juntamente com regressão logística e a análise de variância (ANOVA). Resultados: Sugere-se indícios de menor nível escolar associado a um aumento na incidência de gravidezes precoces, refletindo uma possível relação entre o acesso à educação e a prevenção da gravidez na adolescência. Além disso, dados recentes apontam que o município de Lages-SC apresenta uma taxa de gestações na adolescência significativamente superior à média esperada para a região. Conclusão: Conclui-se que além do alto índice de gestações na adolescência, houve também uma correlação significativa com o baixo nível de escolaridade das pacientes analisadas no presente estudo.