
Métodos Utilizados para Esvaziamento Uterino em Adolescentes em uma Maternidade da Amazônia Ocidental no Período de 2021-2022
AUTOR
Geovana Maria Pessoa Campos
CO-AUTORES
Karine Graziele Soares Magalhães, Vanessa Faleiros Gonçalves, Dyesk Rezende Galante, Daniela Linhares, Maria da Conceição Ribeiro Simões
CONTEÚDO
¹ Residência Médica da Maternidade Municipal Mãe Esperança, Porto Velho – RO. ² Centro Universitário São Lucas – Afya, Porto Velho – RO.
OBJETIVO: Tal estudo quantitativo tem como objetivo verificar o número de casos, idade gestacional, método terapêutico e indicação para realização do procedimento de esvaziamento uterino de puérperas e mulheres assistidas em abortamento na adolescência.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal quantitativo, no qual as informações foram coletadas através da análise de prontuários encontrados na base de dados de uma maternidade rondoniense, sendo selecionados os casos de puérperas e mulheres em abortamento na adolescência assistidas entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022. As variáveis, número de casos, idade gestacional, método de esvaziamento uterino e indicação do procedimento, foram tabuadas e quantificadas no Microsoft Excel.
RESULTADOS: O número de procedimentos de esvaziamento uterino realizados nos anos analisados foram de 90 e 85, em 2021 e 2022, respectivamente. Em relação à idade gestacional, 62,2% (109) dos casos se encontravam no primeiro trimestre de gestação (1-13 semanas), 4,57% (8) no segundo trimestre (14-26 semanas), 5,71% (10) eram puérperas e 26,92% (48) dos casos tiveram essa informação ignorada. No que diz respeito ao tipo de procedimento realizado, 71,5% (125) foram curetagens e 28,5% (50) aspirações manuais intrauterinas (AMIU). Por fim, no que se refere às causas do procedimento: 44 % (77) abortos incompletos, 38,56% (68) abortos retidos, 9,7 % (17) gestações anembrionadas, 5,14% (9) restos de membranas pós parto, 1,3% (2) abortos legais e 1,3% (2) ignorados.
CONCLUSÃO: Nota-se, portanto, que seguindo taxas já amplamente disseminadas, há maior incidência da necessidade de esvaziamento uterino por abortamento incompleto no primeiro trimestre. Em relação à maior utilização da curetagem como método de esvaziamento uterino, não há, em literatura, significativas vantagens na utilização de um método sobre o outro. É importante ressaltar, por fim, que muito além dos números, a assistência integral e de qualidade às pacientes submetidas a estes procedimentos normatizados desde 1999 pelo Sistema Único de Saúde, é essencial para o desfecho favorável dos casos em adolescentes.