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Impactos da obesidade e do estilo de vida na puberdade precoce feminina: uma revisão sistemática

AUTOR

Márcia Sacramento Cunha Machado

CO-AUTORES

Liz Szwarcwing Barros, Luana Cunha Machado, Vanessa Cunha Machado

CONTEÚDO

Instituição: Escola Bahiana de Medicins e Saúde Pública
INTRODUÇÃO: A puberdade precoce feminina ocorre com o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários antes dos oito anos e está associada à obesidade infantil, que libera leptina, ativando precocemente o eixo hormonal da puberdade. Hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e atividade física, podem ser fatores protetores. Compreender essa relação é crucial para estratégias preventivas. OBJETIVO: Avaliar os impactos da obesidade e do estilo de vida na puberdade precoce feminina e os mecanismos envolvidos. MÉTODOS: O protocolo PRISMA 2020 foi utilizado para essa revisão. Foram utilizados descritores do DeCS/MeSH para a estratégia de busca: ((((((((((((((“precocious puberty”), OR “central precocious puberty”) OR “precocious puberty girls”) “hpg axis female”) OR “age at menarche”) AND “obesity”) AND “childhood obesity”) AND “lifestyle”), AND “diet”), AND “kisspeptin”), AND “food”) AND “adipose tissue”) AND “infant exposures”) AND “”physical activity”). As bases de dados utilizadas foram: MEDLINE/ PubMed, SciELO e Cochrane Library. Os critérios de inclusão foram estudos observacionais com meninas de até 8 anos, publicados entre 2010 e 2024. Foram excluídos trabalhos que abordaram causas não relacionadas à puberdade precoce e aqueles que avaliaram a eficácia de tratamentos medicamentosos. Ao fim da seleção, dos 52 artigos obtidos inicialmente, 13 foram incluídos para análise. RESULTADOS: A maioria dos estudos mostrou uma maior prevalência de sobrepeso e obesidade entre meninas com puberdade precoce. A razão de chances de puberdade precoce foi até 25 vezes maior em meninas com sobrepeso/obesidade. O aumento na leptina e a diminuição de adiponectina, ambas associadas à obesidade, foram ligadas à ativação de GnRH e ao início precoce da puberdade. A amamentação teve efeito protetivo contra puberdade precoce. O consumo de flavonoides, frutas e vegetais foi associado a uma puberdade mais tardia, enquanto o consumo de carne vermelha e proteínas teve o efeito contrário. A prática de atividade física regular foi protetora. CONCLUSÃO: Constatou-se que a obesidade está associada à puberdade precoce, com maior IMC e tempo de sobrepeso aumentando os riscos. Amamentação prolongada, consumo de vegetais e exercícios físicos regulares atuam como fatores protetores. Portanto, há necessidade de intervenções para prevenir a puberdade precoce.

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