XVII CONGRESSO BRASILEIRO de OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA
da INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA e
2º CONGRESSO ONLINE da SOGIA-BR

ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA: INFORMAÇÃO E AUTONOMIA

RESUMO E.V.L.A, 13 anos. Menarca aos 11 anos e coitarca aos 12 anos. Procura atendimento médico, acompanhada da mãe. Possui um relacionamento há 6 meses com único parceiro sexual. Nega contracepção, pois não possui permissão do namorado, segundo a mesma. Apresentamos a ela condom feminino e masculino; demonstramos como utilizá-los e reforçamos sua função de evitar contágio por infecções sexualmente transmissíveis. Após informá-la sobre os métodos hormonais disponíveis, a paciente optou pelo implante subdérmico de Etonogestrel e, com o consentimento da mãe, foi realizada a inserção. Paciente retornou à unidade de saúde após uma semana, solicitando a remoção do dispositivo devido à discordância do parceiro em relação ao método e foi desencorajada pela equipe, visto que representa o método com mais alta eficácia contraceptiva, com duração de 3 anos e de fácil reversão de fertilidade. Estudos demonstram que o conhecimento sobre os métodos contraceptivos é praticamente universal, mas na prática nem todas as mulheres os conhecem ou sabem o suficiente sobre cada um deles. Portanto, a garantia dos direitos reprodutivos é essencial para que elas exerçam seu direito à saúde sexual e reprodutiva e o direito à serviços de saúde de boa qualidade, garantindo informação, livre escolha e respeito. Sendo assim, a educação sexual é fundamental no desenvolvimento da autonomia da paciente e a equipe de saúde tem por função garantir informações, para que haja uma escolha realmente consciente e informada, para a consecução do planejamento familiar e de condutas preventivas.