ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
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XVII CONGRESSO BRASILEIRO de OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA
da INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA e
2º CONGRESSO ONLINE da SOGIA-BR
TUMOR MISTO DE CÉLULAS GERMINATIVAS DO OVÁRIO EM ADOLESCENTE: RELATO DE CASO
Ivana Fernandes Souza, Mariana Costa Garcia, Lucas Potter Tonin, Ana Paula Carnieletto
Palavras-chave:
INTRODUÇÃO
Tumores ovarianos podem ter 3 origens: células epiteliais, germinativas, do estroma e cordões sexuais. Tumores de células germinativas (TCG) são raros, aproximadamente 3% dos tumores malignos em crianças e adolescentes com menos de 15 anos1. Subtipos mais comuns são teratomas, disgerminomas, tumores do seio endodérmico e coriocarcinomas, sendo possível a mistura deles2.
Principais marcadores são alfa-fetoproteína, BHCG e desidrogenase lática1.
RELATO DE CASO
Feminina, 16 anos 2 meses, parda, aumento abdominal há cerca de um mês, episódios febris, astenia, inapetência, perda de 7kg em dois meses; sem dor. G2, 2PN, último parto há 5 meses, usuária de DIU Tcu. Estatura: 1,52 metros, 47 quilos, hipocorada, taquicárdica; abdome globoso, distendido, massa palpável ocupando todo quadrante inferior esquerdo, Piparote positivo.
Ultrassonográfia transvaginal: massa heterogênea anexial esquerda, com áreas císticas, medindo 13,2 x 11,6 x 10,6 cm, volume de 864 ml. Grande quantidade de líquido em fundo de saco de Douglas (277,2 ml).
Laboratório:anemia, neutrofilia, elevação das enzimas hepáticas e do Ca125 (1.004 U/ml (N até 21 U/ml).
Realizado salpingooforectomia esquerda, omentectomia, citologia de líquido ascítico e pleural.
Anatomopatológico: tumor germinativo misto representado por tumor do seio endodérmico e teratoma imaturo. Imuno-histoquímica positiva para alfa-fetoproteína, CD 117, inibina, CD 34, CDX-2, OCT 3-4. Citologia líquido ascítico positivo para malignidade. Paciente recebeu quimioterapia complementar.
COMENTÁRIOS
Tumor misto de células germinativas é raro, tem crescimento rápido, maior grau de malignidade e alta quimiossenssibilidade.
Independentemente do estágio e tipo patológico, cirurgia de preservação da fertilidade sempre pode ser considerada para pacientes jovens com objetivos reprodutivos.